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Começar na TI nunca foi tão difícil! Os desafios de quem está no nível Júnior

  • Foto do escritor: Carlos Baldim
    Carlos Baldim
  • 22 de jul.
  • 2 min de leitura
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O mercado de tecnologia segue aquecido, inovador e indispensável em praticamente todas as áreas da sociedade. No entanto, para quem está começando, principalmente no nível júnior, essa promessa de oportunidades abundantes nem sempre se confirma de forma fácil. Afinal, se a área está em expansão, por que tantos iniciantes enfrentam dificuldades?




Alta demanda, mas exigência ainda maior


É comum ouvirmos que “falta mão de obra em TI”, e de fato, isso é parcialmente verdade — principalmente para cargos sêniores e especialistas em áreas específicas como cibersegurança, ciência de dados e arquitetura de soluções. No entanto, o nível júnior sofre com uma contradição: muitas vagas exigem experiências que não condizem com o perfil iniciante.

Muitos anúncios para “júnior” pedem conhecimento em múltiplas linguagens, experiência prática com ferramentas avançadas, vivência em metodologias ágeis e até projetos reais em produção. Isso cria um abismo entre o que os candidatos sabem e o que o mercado exige logo na largada.




A pressão do “perfil ideal”


Além do conhecimento técnico, espera-se que o profissional júnior tenha soft skills muito bem desenvolvidas: comunicação, resolução de problemas, proatividade, organização… E mais: que ele já saiba lidar com demandas reais e ambientes de alta pressão, mesmo sem nunca ter estado em um.

Esse cenário pressiona o iniciante a acumular cursos, certificados e projetos paralelos para conseguir se destacar. A verdade é que, hoje, o currículo técnico por si só dificilmente é suficiente para garantir uma oportunidade.




Estágio virou luxo e portfólio virou obrigação


Antes, o estágio era a principal porta de entrada para o mercado. Hoje, com alta competitividade, ele se tornou quase um privilégio para quem consegue acesso através de boas redes de contato ou programas internos de grandes empresas.

Com isso, o portfólio pessoal se tornou uma exigência informal, mas cada vez mais determinante. Contribuições em projetos open source, repositórios no GitHub bem organizados, desafios resolvidos em plataformas como HackerRank ou Codewars… tudo conta. Quem não mostra, dificilmente é lembrado.




O que pode ajudar quem está começando?


Apesar das dificuldades, ainda é possível traçar um caminho sólido e coerente rumo à primeira oportunidade. Algumas dicas práticas:

  • Foque em aprender bem o básico. Ter uma fundação forte em lógica de programação, estruturas de dados e versionamento (como Git) vale mais do que saber “um pouco de tudo”.

  • Construa um portfólio prático. Pequenos projetos bem-feitos demonstram mais do que listas de cursos. Automatize algo, crie um site pessoal, resolva problemas reais.

  • Participe de comunidades. Fóruns, grupos de estudo, eventos e meetups são excelentes para fazer networking e encontrar oportunidades menos formais.

  • Aceite oportunidades que não são ideais. Muitas vezes, entrar como suporte técnico ou QA júnior pode ser a porta para migrar depois para desenvolvimento, por exemplo.

  • Tenha paciência (e persistência). A jornada é desafiadora, mas também recompensadora. Aqueles que seguem se atualizando e aprendendo acabam se destacando com o tempo.




Conclusão


O mercado de TI ainda é uma das melhores apostas de carreira a longo prazo. No entanto, o início da jornada exige muito mais do que conhecimento técnico: é preciso estratégia, visibilidade e resiliência. Se você está começando agora, não desanime. Em vez disso, trace um plano, fortaleça sua base, seja consistente e se conecte com a comunidade. O primeiro “sim” pode demorar, mas quando ele chegar, tudo começa a fazer sentido.

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