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Seniorização: como saber se você já não é mais júnior

  • Foto do escritor: Carlos Baldim
    Carlos Baldim
  • 23 de jul.
  • 3 min de leitura
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No início da carreira em TI, é fácil se identificar como júnior: você está aprendendo, precisa de supervisão, comete erros básicos e depende muito da orientação dos colegas. Mas com o tempo, algo muda. Você começa a resolver problemas sozinho, ajudar colegas e até a questionar decisões técnicas. Nesse momento, a dúvida aparece: será que eu ainda sou júnior?

A resposta pode não ser tão simples. O processo de “seniorização” vai além do tempo de carreira. Envolve maturidade, responsabilidade e postura profissional. Se você está se questionando sobre isso, este artigo é pra você.



Nem só de anos vive um sênior

Apesar de muita gente associar senioridade ao tempo na profissão, essa é só uma parte da equação. Existem pessoas com 2 anos de experiência que já têm comportamentos de pleno ou sênior, enquanto outras com 5 ou mais ainda agem como iniciantes.

Ser sênior não é apenas saber muito sobre uma linguagem ou framework. É ter uma visão mais ampla do impacto técnico, da qualidade do código, da escalabilidade das soluções e da colaboração em equipe.



Sinais de que você pode já não ser mais júnior

Aqui vão alguns sinais que indicam que sua seniorização pode já estar em curso — mesmo que seu cargo ainda diga “júnior”:

  • Você entende o problema antes de pensar na solução.

  • Consegue explicar seu raciocínio técnico com clareza.

  • Já orienta colegas menos experientes sem depender totalmente de alguém.

  • Toma decisões técnicas com consciência dos impactos.

  • Assumiu ownership de partes do sistema ou do processo.

  • Começa a identificar gargalos no projeto, no time ou nos processos — e propõe melhorias.

  • É chamado para ajudar ou revisar códigos com frequência, mesmo não sendo o “líder”.

  • Suas estimativas estão mais precisas, e você consegue defender prazos com mais segurança.

  • Tem senso crítico, mas também maturidade para lidar com feedbacks.

Se você se identificou com vários desses pontos, talvez já seja hora de conversar com sua liderança sobre um possível plano de crescimento.



Cargo não define competência (mas pode limitar oportunidades)

É comum profissionais que já atuam no nível pleno ou até sênior permanecerem com o rótulo de júnior — seja por política da empresa, falta de estrutura ou simples esquecimento. Isso pode ser um problema, principalmente em relação a salário, reconhecimento e escopo de trabalho.

Se você sente que já ultrapassou o estágio de iniciante, vale documentar suas entregas, conquistas e responsabilidades para embasar uma conversa com seu gestor. Mostre, com fatos, que você está além do nível que ocupa.



Crescer também é uma escolha

Às vezes, a pessoa tem o conhecimento técnico, mas ainda não quer assumir responsabilidades maiores — e tudo bem. A seniorização exige preparo emocional e disposição para lidar com pressão, comunicação entre áreas, conflitos técnicos e negociações de escopo.

Se você ainda está desenvolvendo essas habilidades, continue se preparando. Mas se já se sente pronto, não espere que alguém diga quando você “virou sênior”. Muitas vezes, é você quem precisa puxar esse movimento.



Conclusão

Senioridade vai além de tempo de casa ou linha no currículo. Ela se revela na sua forma de pensar, agir e se posicionar dentro do time e do projeto. Se você já entrega com autonomia, ajuda os outros a crescer, toma decisões conscientes e entende o impacto do seu trabalho, talvez já esteja na hora de atualizar não só o seu cargo — mas a forma como você se enxerga na carreira.

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